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Bebê prematuro

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Mensagem por paty ctba Qua maio 05, 2010 3:57 pm

Bebê prematuro


A maioria das gravidezes tem uma duração de 40 semanas ou, o que é o mesmo, 280 dias. Considera-se um nascimento de termo quando o bebê chega ao mundo com uma margem que pode oscilar entre as 37 e as 41 semanas.

Assim, se nasce antes das 37 semanas, trata-se de um bebê de pré-termo. De acordo com os resultados de investigações científicas, muitos são os fatores que determinam o nascimento prematuro e o baixo peso ao nascer. Entre eles destacam-se a raça e a classe social, assim como certos aspectos genéticos e ambientais.

Afortunadamente, devido aos muitos avanços produzidos na ciência e na tecnologia técnicas de vigilância do recém-nascido, cuidados neonatais sem terapêuticas agressivas, e prevenção da insuficiência respiratória, entre outras na atualidade os bebês prematuros têm maiores possibilidades de sobrevivência, ainda que nasçam em idades gestacionais muito precoces.

Características gerais

Os bebês prematuros têm um aspecto muito característico: a sua pele é avermelhada e está coberta de lanugo, uma penugem especial do feto, muito fina, que permite ver os vasos sanguíneos mais grossos. Em geral, ao nascer podem pesar entre 1,8 e 2,5 quilos, mas é possível que pesem menos. Abaixo dos 2 quilos trata-se de um "grande prematuro". No entanto, alguns nascem com um peso bastante próximo do de um bebê de termo, embora com o mesmo peso por exemplo: 2,7 quilos o bebê prematuro é diferente, devido ao fato dos seus órgãos não terem completado ainda a sua maturação.

De todas as maneiras, é provável que o bebê que nasce com um peso de 800 gramas e 26 semanas de gestação esteja melhor preparado para enfrentar as dificuldades, do que aquele que pesa 600 gramas ainda que tenha uma idade gestacional de 28 semanas. Isto deve-se ao fato da capacidade de adoecer estar mais relacionada com o peso do que com o tempo de gestação.

A verdade é que se a criança nasceu aos sete meses da gravidez, necessitará de mais dois meses para chegar à maturidade do bebê nascido de tempo, mas conservará o atraso de peso e de altura durante um longo tempo. Quer dizer que quando o pediatra compare o seu peso com as tabelas de crescimento, deverá "descontar" dois aos seus meses de vida (idade corrigida).

Cuidados especiais

Devido ao fato dos seus orgãos não se encontrarem totalmente maduros, depois do nascimento o pequenino necessita de receber cuidados especiais, que podem durar desde poucas semanas até vários meses, de acordo com o grau de imaturidade. Por exemplo, os bebês cujos pulmões não estão suficientemente preparados e aqueles que pelo seu escasso desenvolvimento não têm força muscular para respirar sozinhos devem receber assistência respiratória mecânica.

Os bebês prematuros têm, além disso, dificuldades para regular a sua temperatura corporal, de modo que muitas vezes é necessário colocá-los numa incubadora. Se não se procedesse deste modo, a falta de regulação térmica dificultaria o aumento de peso, porque o bebê teria de gastar muitas calorias para conservar o calor e não conseguiria aproveitar o alimento. Quando é dada alta ao bebê, o seu mecanismo regulador geralmente já se encontra a funcionar. No entanto, devido ao seu pequeno tamanho e à escassa quantidade de gordura corporal, custa-lhe manter o calor.

Por isso, em casa, é preciso manter o ambiente aquecido (entre 22 e 23 graus), mas tendo o cuidado para que a temperatura não seja excessiva. E nunca deve guiar-se pelos pés ou pelas mãozinhas: todos os recém-nascidos prematuros ou não prematuros têm-nos, normalmente frios, mas isso não quer dizer que tenham frio. E mais, quando os pés e as mãos estão quentes é porque o bebê está excessivamente agasalhado ou tem febre.

A incubadora

A incubadora consiste numa espécie de berço hermético que mantém uma temperatura constante bem como o oxigênio e humidade, para evitar que o bebê perca calor. Ao ser transparente, pode-se ver perfeitamente o bebê, que se encontra despidinho. Quando o bebê nasce com menos de 1,8 quilos, geralmente coloca-se na incubadora até que ganhe peso. E se nasce com um peso maior, passará igualmente uns dias ali para ver como se adapta ao meio.

Uma vez que se comprove que tudo funciona bem, muda-se para o berço. A maior desvantagem das incubadoras é que o bebê se encontra separado da sua mamãe, e está provado que o contato materno é extremamente importante para o seu crescimento e desenvolvimento. Por isso, o ideal é que o pequenino seja alojado numa sala de cuidados intensivos, de maneira que possa ser acariciado e pegado ao colo, sempre com roupa estéril e as mãos devidamente higienizadas.

Tempo ao tempo

Embora o seu sistema nervoso esteja ainda imaturo, o bebê prematuro tem os sentidos em estado de alerta e reage, em particular, aos sons. No entanto, convêm sermos cautelosos e não cair na tentação tão comum, de hiper-estimulá-lo. É essencial para a evolução do bebê que se lhe preste muitíssima atenção e se saibam esperar os tempos de maturação. Entretanto, o contato com os pais deve ser o mais estreito possível. O ideal é que o papaio vá ver todos os dias à incubadora, ou mesmo a mamãe, assim que possa fazê-lo.

A alimentação

O bebê com menos de 34 semanas de gestação não conta com capacidade de sucção nem de deglutição. Por isso é alimentado através de uma sonda naso-gástrica, com pequenas quantidades de leite materno, e também se lhe administra soro. A sonda permite que gaste menos energias na sucção e aumente de peso mais rapidamente. À medida que o bebê evolui, aumenta-se a quantidade de leite materno e reduz-se o soro.

Quando o pequenino tem mais de 34 semanas e o seu peso já lhe permite sugar e engolir estas duas atividades requerem um grande esforço muscular pode começar a tomar o peito, que não só lhe fornece o melhor alimento, mas também o ajuda a criar um laço íntimo com a sua mamãe. Uma dúvida muito comum entre as mães de bebês prematuros é se terão leite. Não desespere: se o peito está estimulado produzirá a quantidade suficiente de leite para alimentar o seu bebê.

O estômago de um bebê prematuro é muito pequenino, de modo que uma vez em casa deve comer com frequência, embora isto signifique passar a maior parte do tempo a dar-lhe o peito ou o biberão. Convem ter sempre presente que aos prematuros lhes custa muito sugar; por isso demoram mais tempo a comer. É importante não os apressar. Se o pequenino se alimenta com leite de fórmula, é necessário esterilizar os biberões: não se deve esquecer que a sua resistência a infecções é menor. Para a incorporação dos alimentos sólidos é preciso esperar a indicação do médico.

É melhor prevenir...

O melhor que se pode fazer por um nascimento prematuro é evitá-lo. E a futura mamãe deve saber que isso depende, em grande parte, dos cuidados durante a gravidez. Daí a importância dos controlos médicos rigorosos, antecipados e periódicos. Muitos dos transtornos do desenvolvimento neurológico do bebê, assim como as sequelas durante os primeiros anos de vida alterações visuais ou diminuição da audição podem prevenir-se se forem detectados a tempo.

Do mesmo modo, a identificação precoce das dificuldades sociais ou emocionais e dos problemas na aprendizagem, permite aproveitar ao máximo todos os recursos disponíveis estimulações visuais, auditivas, tácteis e de equilíbrio - para melhorar a qualidade de vida do bebê e o vínculo com os seus pais. E lembre-se: embora se trate de um bebê prematuro, é importante tratá-lo com naturalidade. A advertência é válida, visto que muitos pais podem pensar que o seu filho é extemamente frágil e isso provoca que, muitas vezes, exagerem os cuidados.

Causas mais frequentes de nascimento prematuro:

Gravidezes múltiplas.
Alcoolismo.
Tabagismo.
Toxicodependência.
Malformações do útero.
Incompetência do colo do útero.
Ruptura prematura da bolsa de águas ou das membranas ovulares.
Infecções urinárias ou amnióticas.
Gravidez em adolescente.
Gravidez em mulheres maiores de 37 anos.
Diabetes.
Hipertensão arterial durante a gravidez.
Incompatibilidade de Rh.
Hepatite B.
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