Um ano que dura para sempre **

O primeiro ano de vida é marcado pelas maiores conquistas da vida do bebê. O amadurecimento de seu sistema neurológico faz que, 12 meses após seu nascimento, ele aprenda a se sentar, a engatinhar, a andar e comece a desenvolver a linguagem. Terá, então, todas as habilidades praticamente formadas para começar a explorar o mundo. Recém-nascidos não só mamam, dormem, sujam a fralda e choram: mês a mês eles absorvem novos conhecimentos, adquiridos principalmente da intensa relação que existe entre mãe e bebê nos primeiros meses. Eles aprendem o tempo todo, numa velocidade que a gente nem pode imaginar. Para se ter uma ideia, durante o primeiro ano de vida, o perímetro da cabeça de seu filho vai aumentar cerca de 10 centímetros – o mesmo tanto que crescerá nos próximos vinte anos! E ao final do 12° mês, o bebê praticamente triplica de peso e aumenta em 50% o seu comprimento. Devido à velocidade de seu crescimento, as necessidades calóricas da criança também são maiores, cerca de duas a três vezes maiores que as dos adultos. E uma boa parte dessa energia consumida vai direto para suprir as demandas desse desenvolvimento todo. Ou seja: não dá pra brincar com a alimentação...

Claro que não dá pra brincar com isso em nenhuma fase da vida, mas o primeiro ano é mesmo decisivo: é nessa fase que seu filho se desenvolve em vários campos e adquire hábitos que vão nortear sua saúde para sempre (leia entrevista com a psicanalista Mônica Guedes sobre esta fase aqui). Uma alimentação correta nessa etapa reduz o risco de desenvolver carências nutricionais (como a anemia por deficiência de ferro, que atinge 1,16 bilhão de pessoas no mundo e pode trazer prejuízos no desenvolvimento psicológico, cognitivo e de linguagem da criança) e diminui a incidência de distúrbios como desnutrição ou excesso de peso, além de fazer que a criança seja menos suscetível a doenças na vida adulta, como diabetes, obesidade e doenças cardiovasculares. Ou seja: até seu filho completar um ano, alimentação saudável significa que ele vai ter de mamar muuuito no peito. Até o sexto mês, é leite materno e mais nada. Depois, o mundo dos alimentos deve ser introduzido aos poucos na vida do bebê. Tudo muito bem selecionado, para que ele comece a vida com o pé direito.

Colherada perfeita
Como já foi dito, até o sexto mês de vida, o leite materno é o alimento mais que perfeito e completo para o bebê. Ele é poderoso mesmo, capaz de diminuir as chances de a criança desenvolver doenças como alergia, além de conter todos os nutrientes necessários para um desenvolvimento saudável em todos os sentidos. Mas depois dos seis meses, esse leite já não consegue suprir todas as necessidades do seu filho. E como ele já vai estar preparado para ingerir e digerir outros tipos de alimentos, como os semissólidos, chega a hora de começar com uma alimentação complementar. Esse nome não é à toa – significa que ela serve como um complemento do leite materno, que deve continuar, sim, se possível, até os dois anos de idade, conforme recomenda a Organização Mundial da Sáude. Só com um ano de vida, seu filho fica liberado para comer o mesmo que você e sua família.

As primeiras papinhas
Você deve ir oferencendo os novos alimentos para seu bebê com calma, de uma forma lenta e gradual mesmo, começando com as papinhas e os purês de frutas bem pastosos. Utilize alimentos de diversos grupos, como os cereais (arroz ou batata, por exemplo), legumes (feijão, grão-de-bico, soja...), verduras e carnes (de frango, peixe, vaca etc.). Com o passar do tempo, as papinhas podem e devem ganhar maior consistência. Comidinha amassada, pedaços de carne e fruta podem fazer parte da alimentação dos pequenos por volta dos 10 meses. Fique atenta: se você demorar muito a oferecer alimentos sólidos para o seu filho, ele pode acabar rejeitando-os, por estar acostumado com a mordomia de não ter de mastigar. O que não é nada bom, pois é mastigando que a criança desenvolve sua estrutura facial, como arcada dentária e mandíbula, facilitando assim a respiração nasal e a aquisição da fala.

O que pode esperar
Para planejar a alimentação da criança, há de se levar em conta as limitações de seu organismo, claaaro, que ainda está em fase de maturação. Isso pode até parecer óbvio, mas tem gente que esquece que até os seis meses, o lance é só leite materno mesmo e a gente aqui não cansa de repetir! Expor a criança a certos alimentos antes da hora pode ser perigoso. Como seu organismo ainda não está preparado, cria-se um campo propício para o surgimento de alergias, além de tirar o interesse da criança em mamar no peito.

Se você por algum motivo não puder amamentar seu filho, utilize fórmulas infantis especiais recomendadas pelo pediatra. Substituir seu leite por leite de vaca pode não ser uma boa ideia... Além de possuir pouco carboidrato, o leite de vaca contém taxas altas de proteína (4,5 vezes mais do que o leite materno) que comprometem a digestão, e de sódio, que sobrecarrega os rins da criança, além de possuir baixos níveis de vitaminas C, D e E e quantidade insuficiente de ferro e zinco. Tudo tem sua hora, não é assim? E isso vale totalmente para o que seu filho come. Fritura, doce, bala, comidas industrializadas e semiprontas podem e devem esperar. O ideal é que ele aprenda a ter hábitos saudáveis desde cedo. Afinal, é de dentro de casa que a criança tira o modelo que vai seguir para o resto da vida. É quando ela aprende o que é certo, o que é errado, o que é bom, o que é ruim... Se seu bebê aprender desde cedo a se alimentar mal, acredite, será difícil reeducá-lo mais para a frente. Por isso, mãos à obra: capriche no cardápio que todo mundo vai ficar mais feliz.

eu acho que a alimentação do bebê é marcante,a primeira papinha o primeiro suquinho,não vejo a hora do Biel começar a praticar essas coisas

Legal!

adorei.. bjinhos

Adorei, fê..

Obrigada por compartilhar.. to amando seus tópicos..

reh_galvao escreveu:Adorei, fê..

Obrigada por compartilhar.. to amando seus tópicos..

Brigada minha linda, beijos pro Gugu.

+ pra vc amiga....